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Marco Martins, Celso Ferreira e José Manuel Ribeiro, presidentes dos Municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, respetivamente, assinaram, segunda-feira, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova, a escritura de constituição Associação de Municípios Parque das Serras do Porto.
Uma das iniciativas do Acordo de Cooperação do Pulmão Verde assinado em junho de 2015 pelos Municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, resulta na criação do Parque das Serras do Porto, para proteção e valorização deste território constituído pelas serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas, um local com cerca de 5700 hectares de elevado potencial económico, cultural e ambiental.
Este Parque será gerido pelos Municípios de Gondomar, Paredes e Valongo e alguns dos seus objetivos são:
A conservação dos elementos da biodiversidade num contexto da valorização da paisagem;
A manutenção ou recuperação dos padrões da paisagem e dos processos ecológicos que lhe estão subjacentes, promovendo as práticas tradicionais de uso do solo, os métodos de construção e as manifestações sociais e culturais;
A conservação e a valorização do património geológico e cultural;
O fomento das iniciativas que beneficiem a geração de benefícios para as comunidades locais, a partir de produtos ou da prestação de serviços.
Bem mais de meio século depois do surgimento da ideia, nasce a Associação de Municípios Parque das Serras do Porto. Os presidentes dos Municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, presentes na cerimónia protocolar da assinatura da escritura da constituição daquela associação sem fins lucrativos, marcam assim o nascer de um projecto de dimensões metropolitanas orientado para a valorização e proteção do território.
“Hoje o que todos devemos promover é a marca Porto, Porto como região, Porto como capital de todo o Norte do País, Porto como destino turístico”, afirmou Marco Martins, explicando a abrangência do conceito e o alcance da denominação Parque das Serras do Porto.
Este projeto teve um grande impulso quando os atuais presidentes de Câmara dos três municípios assumiram que aquele “pulmão verde” teria de ser “muito mais do que um conjunto de intenções, ou um somatório de vontades”. Agora, o futuro, “depende de nós, do empenhamento e da dedicação de cada um de nós”, vincou Marco Martins, que defendeu a necessidade de “passar à ação”, mas “sem ilusões: nada deste trabalho terá efeitos práticos daqui a meio ano, ele só será visível daqui a 10, 15 anos”.
José Manuel Ribeiro, lembrou a sua infância nestas serras salientando que este primeiro passo abriu “uma caixa de Pandora que nunca mais ninguém conseguirá fechar”, uma vez que “este passa a ser um dos maiores ativos da Área Metropolitana do Porto”. De destacar, ainda, o facto de terem conjugado esforços autarcas de partidos diferentes que “vestiram a camisola do ambiente, do futuro e dos nossos concelhos”.
Para Celso Ferreira é fundamental que o Parque das Serras do Porto seja um “espaço sentido por cada um de nós”, aberto á sociedade civil, salientando ainda que não existe outro projeto da AMP com a dimensão metropolitana que este possui.
“Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce”, foram as palavras de Pimenta Machado, Diretor da ARH Norte da Agência Portuguesa do Ambiente, citando Fernando Pessoa, no encerramento da cerimónia protocolar, garantido o apoio institucional ao desenvolvimento do novo Parque Metropolitano.
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