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Foi hoje assinado o Acordo de Cooperação do Pulmão Verde, um Projeto Intermunicipal dos Municípios de Gondomar, Paredes e Valongo que conta com a participação da Área Metropolitana do Porto. O projeto arranca com a criação de uma equipa intermunicipal, que vai estar focada na proteção e valorização do território, e com a garantia que serão estudadas as várias hipóteses de financiamento, no âmbito do novo quadro comunitário 2020, para que possa ser posto em prática e se cumpra assim “um sonho de gerações”, afirmou Hermínio Loureiro, Presidente do CMdP.
Celso Ferreira, Marco Martins e José Ribeiro, Presidentes de Câmara dos municípios de Paredes, Gondomar e Valongo, são os três autarcas envolvidos no desenvolvimento do projeto Pulmão Verde, uma área que defendem ser do Porto, enquanto região.
“A assinatura do Acordo de Cooperação é um marco na história metropolitana”, avançou Herminio Loureiro, sublinhando que “a sinergia municipal estabelecida entre Gondomar, Paredes e Valongo é um exemplo dentro da AMP e simboliza uma mudança de paradigma na forma de fazer política”. “Cada um destes municípios teve a capacidade de sair das suas fronteiras e participar numa visão mais abrangente para todo o território da AMP” prosseguiu o Presidente do CMdP, afirmando que “é muito mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa”.
O autarca relembrou ainda que “hoje foi dado apenas o primeiro passo” e que o caminho para a concretização do Parque das Serras será “um trabalho geracional”.
Com o auxílio da AMP, que se assume como uma plataforma de apoio para o desenvolvimento deste projeto, os municípios impulsionadores do Pulmão Verde vão agora estudar quais os fundos disponíveis, municipais, de enquadramento intermunicipal e mesmo regional, para a sua implementação.
O Acordo de Cooperação do Pulmão Verde visa agora a criação de uma Paisagem Protegida de Âmbito Regional – Parque das Serras do Porto - constituído pelas serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas, um local com elevado potencial económico, cultural e ambiental.
O território conta com paisagens privilegiadas e é um destino de recreio único, com vista para o mar, contando com percursos da natureza e culturais, assim como uma ligação aos desportos radicais e à gastronomia.
O Pulmão Verde resulta de um trabalho de seis meses, coordenado pela Profª. Teresa Anderson, e apresenta uma área de 5700 hectares, que se caracteriza pela paisagem única e pela história milenar de humanização. Rico em vestígios castrejos e com dois mil anos de exploração mineira desde o tempo dos romanos, o território é também um sítio distinto, com uma ilha de xistos. Na área encontram-se vestígios de espécies extintas, que colocam este lugar no circuito internacional das tribolites, criaturas que proliferaram há mais de 520 milhões de anos e se extinguiram muito antes de os dinossauros existirem.
Há ainda a forte possibilidade de existir nestas serras o complexo mineiro aurífero subterrâneo mais importante do Império Romano, o que, a verificar-se, coloca este o local no roteiro internacional.
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